A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) participou, na semana passada, em Brasília (DF), da primeira Reunião do Grupo de Trabalho de Células Progenitoras Hematopoiéticas (CPH). Realizado pela Comissão Permanente de Biovigilância da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o encontro teve como objetivo a consolidação do Grupo, para fomentar e ampliar as notificações de reações à doação e recebimento dessas células em Transplante de Medula Óssea (TMO).

Segundo o Dr. José Francisco Comenalli Marques Júnior, vice-presidente da ABHH, na reunião foram discutidos os cuidados e critérios para notificação de reações dos doadores dessas células. O tópico migrou da Comissão Permanente de Hemovigilância, também da Anvisa, onde teve a necessidade de ser administrado inicialmente, para a Biovigilância.

“A ABHH tem participação ativa na Hemovigilância e na Biovigilância. Além da participação institucional, que represento nas duas Comissões, houve a participação do Comitê de Transplante de Medula Óssea, com a Drª Adriana Seber. Essas participações são importantes para a visão do especialista nessas decisões”, explica Marques Júnior.

Com isso, afirma o vice-presidente da ABHH, espera-se “a divulgação, incremento e conscientização da importância da Biovigilância para a segurança nos transplantes”, referindo-se à reunião, da qual também participaram integrantes do Ministério da Saúde, do Sistema Nacional de Transplantes, da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) e do Conselho Federal de Odontologia (CFO).

Células Progenitoras Hematopoiéticas (CPH) – são células estaminais – isto é, que podem se diferenciar em diversas células e com capacidade de se autorrenovar e de se dividir indefinidamente (podendo ser embrionárias e não embrionárias) – com potencial para dar origem a todos os tipos de células sanguíneas. Estas células estão presentes na medula óssea, no sangue periférico e no sangue do cordão umbilical.

Notificação de efeitos adversos – Para notificar eventos adversos relacionados ao ciclo do sangue (por exemplo, reações hemolítica, febril, anafilática e transmissão de doenças infecciosas ou não) em serviços de hemoterapia e terapia celular, é importante consultar abaixo o Guia de Biovigilância de Células, Tecidos e Órgãos & Manual de Notificação (conteúdo a partir da página 24) e o Manual de Notificação – Formulário para Notificação de Eventos Adversos do Ciclo do Sangue – Reação Transfusional – Quase-erro – Incidente da Anvisa.