O presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Carmino Antonio de Souza, reuniu-se no dia 17 de maio, em Campinas, com os membros da entidade Adriana Seber, Israel Bendit, Katia Pagnano, Monika Conchon e Vaneuza Pranke. Junto com  Belinda P. Simões, que não pode estar presentes na ocasião, os hematologistas fazem parte de um grupo multicêntrico de discussões formado por especialistas da Universidade de Campinas, de São Paulo (campi SP e Ribeirão Preto), Universidade do Paraná, do Rio de Janeiro, e Santa Marcelina.

O objetivo do encontro foi promover um debate em relação ao texto do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas, colocado emconsulta pública em 9 de maio, pela Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (SAS/MS). As discussões do grupo multicêntrico da Associação deram início ao levantamento de sugestões que serão indicadas ao governo na consulta, bem como indicativos de reparos, inclusive no que cabe a algumas impropriedades no texto.

Como base científica, os hematologistas utilizaram a nova diretriz da LMC, publicada na Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e no Projeto Diretrizes AMB em 2012, e, também, nas novas informações da literatura médica, o que contribuirá para a atualização do protocolo e dosguidelines. Entretanto, Souza alerta que, apesar das contribuições do grupo e da matéria estar em consulta pública, o avanço terapêutico no campo da LMC só será real se houver um sistema de monitoramento capaz de balizar as várias trocas terapêuticas.

Segundo o presidente da ABHH, este mesmo grupo de LMC trabalhou junto em novembro de 2011, ano em que a ABHH entregou ao MS uma série de documentos para que fossem revistos a Portaria e o protocolo terapêutico para o tratamento da LMC. Desde então, a entidade tem aguardado o desdobramento do processo. “Este é um grupo que luta há anos na questão da LMC, por meio de pesquisa, educação e da busca de novas conquistas terapêuticas. Apesar de ter se passado um ano e meio, consideramos extremamente importante a proposta do MS em renovar a Portaria, pois ela está extremamente defasada”, pondera Souza. De acordo com o médico, o documento está em fase de finalização e será encaminhado pela ABHH ao MS antes mesmo do prazo final definido, que será em 8 de junho.